sexta-feira, 24 de julho de 2009

Apreciadora de Arte


Estava no entretenimento com a pintura a óleo que por sinal,
imenso prazer me estava a dar, mais pelo silêncio que se fazia sentir, que por outro motivo. Quando entrou uma madame com um sorriso enorme e jeito de olhar que diz tudo, que desperta só por si todos os sentidos...
(Há Mulheres que os apetites dizem tudo e esta já me estava a sequestrar com seus demónios convertidos em gente nova gerando confiança!).
Não imaginava poder jogar, porque era cliente nova, mas quando lhe toquei na mão enquanto tentava agarrar um quadro com muito cuidado, se passou algo excitadíssimo e de implacável intriga.

Sem pudor levei com ligeireza a mão esquerda à sua cintura, pousando ao de leve e deixando ficar, enquanto esboçando um sorriso, lhe explico a arte a que me tinha dado ao trabalho.
Gerou-se um séptico périplo dos sentidos ao nosso redor...Ainda hoje não sei se foi intencional, quando deixou cair os cigarros, pois se ficou olhando-me nos olhos à espera enquanto, meio hipnotizado me baixava para os apanhar.

Foi aí que senti o significado daquele ato premeditado, acorrer-me a coluna vertebral por inteiro!.
O que na altura não estava a entender, era a razão que, levou lançar-me à mulher como se andasse com os apetites retardados!.
A maneira como me olhava, deixava antever ser amante e incondicional sedutora!.
Senti de novo, mas agora ainda com mais intensidade, um tremor de compromisso, ao pensar no quarto de fundo onde pernoitava, depois de largas horas a pintar e em simultâneo, atender algum cliente, dos poucos que apareciam durante o dia.
E ela agora admirada, desdobrada entre o conteúdo da sala e a tentativa de um penetrante olhar, onde se via a promiscuidade a salutar na sua mente.
Sinceramente estava a adorar e nem sequer sonhava no que iria acontecer a seguir, partindo do pressuposto que, nunca a tinha visto antes, apenas o evoluir de uma certa intimidade...como se nos conhecêssemos à muito!.
Entre palavras de admiração e réstias de malícia notava-se que o jogo tinha começado sem obstáculos...
Uma tenda só para nós, acho que pensou ela?.Houve uma breve pausa, sendo ela a quebrar o silêncio dizendo...Adorava vê-lo pintar!.Lhe respondi...Não há melhor momento agora que aqui estamos!.
Afastámo-nos para o fundo da sala e comecei a pintar enquanto ela, admirava os traços e falava junto ao meu ouvido, em género de murmúrio. Tinha um decote provocador e agora aquela mão que eu tinha tocado, estava pousada sobre a minha verga tesa, tirando-a para fora.
Pousei o pincel e tentando conter a exaltação disse-lhe: Impressionante como a seriedade é mística,quando o gemido é de prazer...Espera um pouco, vou fechar a loja!.

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