quarta-feira, 22 de julho de 2009

Submisos aos nossos desejos


Dobram os sinos ,
sempre que me antevejo com um beijo latente de emoção
Na imortalidade do carmim dos teus lábios.
O teu contemplar do mar, com o pensamento abstraído no vértice de corpos,
fundidos na abstracção deste tempo, deste espaço, no sentir a dois...
Nessa tua fúria felina das mais perenes vontades,
deixando-me devorar pela tua sagacidade em constante palpitar!
Acalentando-te e saboreando-te com volúpia o toque da pele uma e outra vez,
como seres submissos, acoplados no manto de seda, que nos cobre no leito.
Longas noites, desejo imenso e transversal, em que a lua é fiel conselheira,
e as estrelas ilustrando o firmamento em desdobrados reflexos repousam
sobre os amantes acesos na noite, despontando no coito suas formas avessas
e espontâneas até que, no Horizonte a luz assinale a imperceptível claridade
de um extenso abraço, donde no meu peito sinto o teu derrier aconchegado a mim
enquanto minhas mãos ainda percorrem teu corpo húmido, preste aroma de mulher
que acende a minha fogueira iniciando um novo ritual de entrega.

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